Sulwe significa estrela, daquelas que aparecem no céu da meia-noite. E quem não gostaria de ter um nome desses e de brilhar feito astro celeste? Mas o que Sulwe queria mesmo era se parecer com outro astro: o sol, radiante feito a luz do meio-dia. O que nossa pequena menina não imagina é que vai embarcar numa incrível viagem pelo espaço, onde todos têm a chance de irradiar sua beleza e seu brilho. Esse é o primeiro livro da consagrada atriz e produtora de cinema Lupita Nyong’o.
Sulwe
Ano: 2019
Páginas: 48
Idioma: português
Editora: Rocco
“Sulwe significa estrela, daquelas que aparecem no céu da meia-noite. E quem não gostaria de ter um nome desses e de brilhar feito astro celeste?”
Sulwe é,
literalmente, a estrela dessa história. Uma garotinha negra e muito tímida que
sofre por não se achar parecida com ninguém da sua família no que diz respeito
à cor da pele. Ela tem a pele mais escura do que todos da casa e do que seus
colegas também, o que faz com que ela seja chamada de ‘escurinha’ ou ‘noite’
pelas outras crianças.
Para piorar a
situação, sua irmã Mich, de pele mais clara, comparada a luz do meio-dia, é
cheia de amigos e admirada por todos. Inconformada com sua pele escura e após
várias tentativas frustradas para clarear, Sulwe apela para o divino e ora a
Deus para que ela acorde com a pele clara.
“Querido Deus,Por que eu tenho a cor da meia-noite se minha mãe tem a cor da aurora? Por favor, faça com que minha pele seja clara como a pele dos meus pais. Quero ser bonita de verdade. Não quero mais fingir que sou bonita. Quero ter o brilho do dia. Quero ter amigos. Meu Deus, se você estiver me ouvindo e puder atender ao meu pedido, quero acordar com a pele clara e radiante como o sol lá no céu.Amém.”
Alheia ao que estava
acontecendo, a mãe de Sulwe se surpreende quando vê o desespero da filha e lhe
conta a história de Noite e Dia, duas irmãs que se tornaram inimigas justamente
por causa do preconceito de cor da sociedade.
A partir dessa
história, Sulwe vai perceber a importância de cada pessoa ser do jeito que é e
que as cores não vivem em harmonia uma sem a outra.
Além de toda a
beleza visual da história, Lupita levanta a discussão sobre racismo, aceitação
e empoderamento para crianças. Principalmente mostrando para as crianças negras
que elas são tão especiais e essenciais como qualquer outra.
Pesquisando a
respeito do livro e da atuação de Lupita, descobri o termo colorismo, que é a
discriminação racial de pessoas de pele mais escura. E esse é o tipo de
preconceito que afeta Sulwe, afinal ela não deseja ser branca, ela quer apenas
ser ‘menos’ negra para ser aceita. Situação sobre a qual Lupita fala com
propriedade, já que ela mesmo viveu situação bem similar durante a infância
quando sua irmã era mais clara. A ideia de livro surgiu como forma de ajudar
outras crianças a amar a cor da sua pele.
Acredito que Sulwe
ainda vai além, acho que é um livro que ensina também a crianças e adultos
brancos da importância e da beleza na diversidade de cores de pele.
Acho que este livro pode entrar na listinha dos mais lindinhos visualmente do ano passado.
ResponderExcluirAmo o trabalho da atriz e fiquei louca para ler essa obra,mesmo sendo voltada para os mais pequenos, mas trazendo tanto ensinamento e vida em suas ilustrações e letras.
Está na lista de desejados!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O vazio na flor