Lançamentos Rocco - Março/2020
Nemesis é uma Diabólica, uma jovem humanoide criada para proteger Sidonia, a filha de um Senador galáctico, uma figura política importante para a galáxia. As duas cresceram juntas, mas não são de maneira alguma irmãs. Nemesis deve dar sua vida por Sidonia se necessário, o que ela faria com prazer. Para manter Sidonia segura, ela também mataria se fosse preciso.
Quando o poderoso Imperador da galáxia, a figura política mais importante, descobre que o pai de Sidonia está participando da construção de uma rebelião, ele convoca Sidonia para a Corte Imperial. Agora, ela deve servir de refém e existe apenas uma maneira de Nemesis proteger a Sidonia: ela deve assumir o lugar da filha do Senador.
Nemesis viaja para a Corte disfarçada de Sidonia – uma máquina de matar imersa em um mundo de intrigas e políticos corruptos. É um ninho de víboras com ameaças por todos os lados, mas Nemesis deve manter suas verdadeiras habilidades em segredo ou estaria arriscando tudo.
À medida que o Império começa a ruir e a rebelião se aproxima, Nemesis descobre que há algo mais para ela do que apenas uma força mortal. Ela percebe uma humanidade mais verdadeira em si do que ela encontra na maioria dos humanos. E em meio a todo o perigo, ação e intriga, sua humanidade pode ser aquilo que salvará a sua vida – e o Império.
Para revelar mais sobre a narrativa, Nemesis vai para a corte disfarçada de Sidonia e acaba fazendo uma aliança com Tyrus, o filho do Imperador, que se finge de maluco, mas planeja derrotar o pai para subir ao poder e refazer o sistema que criminaliza a ciência. Essa aliança acontece porque ele descobre que ela é uma Diabólica infiltrada e o Imperador decide explodir as naves dos envolvidos na rebelião pró-ciência, matando todo mundo, no caso também a protegida de Nemesis, Sidonia, a herdeira do Senado, que fica na nave escondida. O objetivo dos dois é matar o Imperador, um por vingança e outro para reformular o sistema político e social, e no caminho precisam também virar a opinião pública a favor de Tyrus, que sempre se mostrou maluco para se proteger e era meio uma chacota na galáxia. Nesse processo, Nemesis percebe que está desenvolvendo sentimentos por ele e precisa lidar com isso.
Em um enredo sobre política (espacial) e sentimentos complexos, a autora entrelaça uma discussão muito atual sobre a ciência perdendo espaço para a fé (de certa forma, o mundo de A Diabólica seria o exagero do momento político e social que vivemos de descrença na ciência). Além disso, dá espaço também para a discussão sobre o que é ser humano, até onde as máquinas podem desenvolver humanidade ou se elas poderiam manifestar sentimentos de alguma forma – isso levando em conta que é uma ficção, não aparece de um jeito óbvio ou didático.
Na Odisseia de Homero, Penélope – mulher de Odisseu e prima da bela Helena de Troia– é retratada como a esposa fiel por excelência, e sua história é tida como um exemplo de fidelidade e da obediência feminina ao longo dos tempos. Deixada sozinha por vinte anos, quando Odisseu saiu para lutar na Guerra de Troia após o sequestro de Helena, Penélope consegue, em meio a rumores escandalosos, assegurar o reino de Ítaca, criar seu filho rebelde e manter distância de mais de cem pretendentes.
Quando Odisseu finalmente chega em casa, após sobreviver aos desafios do mar Egeu,vencer monstros horripilantes e dormir com deusas, ele mata todos os pretendentes de sua esposa – e, de maneira ainda mais espantosa, doze de suas criadas.
Em uma surpreendente releitura contemporânea de uma das maiores obras da antiguidade, Margaret Atwood decide dar voz à Penelope e suas doze criadas enforcadas para responder duas grandes perguntas: qual o real motivo do enforcamento das criadas? E o que Penélope realmente estava planejando?
Ao reimaginar o episódio, a autora se utilizou de várias fontes, já que a Odisseia de Homero não é a única versão da história . Para criar uma obra ao mesmo tempo inteligente, bem-humorada e reflexiva, Atwood subverte a narrativa original e concede a sua heroína uma nova vida e realidade, e se propõe a dar uma resposta a um antigo mistério.
Matte Liz Logelin foram namorados no colégio e começaram uma vida em Los Angeles após anos de namoro à distância. Com a casa dos sonhos e um casamento perfeito, o casal agora também está à espera de um bebê, e tudo isso é narrado no blog de Matt, cujo assunto principal tende a ser a vida do casal:Viagens, hobbies, e agora a gravidez de Liz e preparativos para receberem afilha.
A gravidez de liz é complicada, e no parto ela está exausta,mas Madeline nasce linda e saudável. Vinte sete horas depois, Liz sofre uma embolia pulmonar e morre sem nunca poder segurar a filha nos braços.
Embora devastado pela morte repentina da mulher e frente à responsabilidade de uma paternidade solitária, Matt decide seguir e proporcionar uma vida feliz para Maddy. Suas histórias são contadas no blog com humor ácido, e mostram como ele consegue se apoiar no amor que tem pela filha.Na tentativa de lidar com o luto, Matt escreve suas memórias e as coloca em um livro, que se torna um consolo ao honrar a imagem de Liz. Uma história de superação que vai emocionar o leitor!
Publicado pela primeira vez em 1971, Felicidade clandestina reúne 25 contos que falam de infância, adolescência e família, mas relatam, acima de tudo, as angústias da alma. Como é comum na obra de Clarice Lispector, a descrição dos ambientes e das personagens perde importância para a revelação de sentimentos mais profundos. "Felicidade clandestina" é o nome do primeiro conto. Como em muitos outros, é narrado na primeira pessoa, e mostra que o prazer da leitura é solitário e, quando difícil de ser conquistado, torna-se ainda maior. O conto narra a crueldade da filha do dono de uma livraria que se recusa a emprestar As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, até que a intervenção da mãe da menina permite à narradora deliciar-se, vagarosamente, com a posse do livro. A história, como outras do livro, acontece no Recife, onde a autora passou sua infância.
Toda a obra de Clarice está sendo reeditada desde novembro de 2019 e conta com um novo projeto gráfico tanto de capa quanto de miolo, assinado pelo prestigioso designer Victor Burton, detentor de uma dúzia de Prêmios Jabuti. Além disso, os livros serão enriquecidos com ensaios de importantes críticos e estudiosos, publicados como posfácio, em duas opções: brochuras e livros de capa dura.
Para a legião de apreciadores de textos curtos e boas frases o livro Para não esquecer, de Clarice Lispector, é leitura obrigatória. A obra — publicada pela primeira vez em 1964 — reúne 108 crônicas que bem poderiam pertencer a um diário. Ora a autora conta uma pequena história, ora ela simplesmente parece pensar alto. "Os homens têm lábios vermelhos e se reproduzem. As mulheres se deformam amamentando", diz, em Aldeia italiana. No final desse curtíssimo artigo, Clarice resume: "A vida é triste e ampla." A cidade de Brasília merece um dos maiores textos desse livro. A primeira parte foi escrita em 1962 e a segunda, 12 anos mais tarde, quando a escritora retornou à capital brasileira. Em ambas ela fala sobre suas impressões com algum carinho e bastante ironia. "Os ratos adoram a cidade. Qual será a comida deles? Ah, já sei: eles comem carne humana."
Não há ligação entre as crônicas; são anotações para não ser esquecidas. Em Aproximação gradativa ela diz apenas: "Se eu tivesse que dar um título a minha vida seria ‘A procura da própria coisa.’" O tom seco e perturbador não reaparece na crônica A posteridade nos julgará em que ela se dedica a explicar — ou entender — o que é uma gripe. "É a experiência da catástrofe inútil. É um lamento covarde que só o gripado compreende." Pensatas à parte, Clarice Lispector também faz desabafos em seu livro/diário: "Dei inúmeras entrevistas. Modificaram o que eu disse. Não dou mais entrevistas. E se o negócio é mesmo na base da invasão de minha intimidade, então que seja paga. Disseram-me que nos Estados Unidos é assim. E tem mais: eu sozinha é um preço, mas se entra o meu precioso cachorro, cobro mais. Se me distorcerem, cobro multa. Desculpem, não quero humilhar ninguém, mas não quero ser humilhada."
Isla conseguiu atravessar o Rio Furioso e chegou em um novo lugar, para uma nova missão: a Terraneve. Aparentemente inóspita e lar dos lobos, a Terraneve guarda muitos mistérios e precisará ser explorada para que Isla chegue mais perto de encontrar seu irmão, Pirie.
Além disso, a jovem raposa vai precisar usar suas habilidades em Foxcraft para cumprir uma missão muito importante: salvar todos de uma cruel e poderosa raposa, conhecida como O Mago, que tem usado a Foxcraft para cumprir uma antiga ameaça. Se ele conseguir, muito mais do que a vida de Pirie estará em jogo e toda a Terrabrava estará arruinada.
Quando tudo parece perdido, Isla consegue ajuda de um antigo amigo da Terracinza, o Príncipe Farraclaw, líder do Bishar dos Claw. Agora, junto com seus amigos lobos, nada poderá deter essa raposinha.
E lá vem a Rocco quebrar a gente e começar o post com A Diabólica? Sacanagem. Parece ser uma história daquelas.
ResponderExcluirDois Beijos Para Maddy também já me ganhou, não somente pela beleza da capa, mas que linda sinopse!
E falar o que de livros de Clarice??? A Mestra!!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor