A máquina do Tempo, H.G. Wells

Aventura, distopia e inovação no romance de estreia que alçou Wells à condição de gênio Romance de estreia de Wells, A máquina do tempo, publicado em 1895, é considerado uma das primeiras obras de ficção científica e a fundadora do subgênero “viagem no tempo”. Em meio a um jantar, o Viajante do Tempo retorna para contar a um grupo de amigos sua extraordinária experiência no ano 802701.
Nas ruínas do que um dia fora Londres, ele esteve entre duas raças degeneradas de descendentes da humanidade: os Elói, criaturas frívolas e infantis cuja existência parece se dar sem lutas, e os Morlocks, habitantes do mundo subterrâneo que, antes subservientes aos Elói, passaram a persegui-los quando a noite cai.
Essa edição comentada dos Clássicos Zahar traz texto integral, seguindo a primeira edição do livro; mais de 100 notas; ótima apresentação contextualizando a escrita do romance; cronologia de vida e obra de Wells. E inclui ainda dois textos extras: “Os Argonautas Crônicos”, conto que deu origem ao livro, e a versão estendida do capítulo "A visão distante". A edição impressa apresenta capa dura e acabamento de luxo.
A Máquina do Tempo
Edição Comentada
Clássicos Zahar
Ano: 2019 
Páginas: 200
Idioma: português 
Editora: Zahar

Um jantar entre amigos sempre tem algo a ser debatido, mas seria possível que uma viagem no tempo pudesse ser abordada entre eles?

O Viajante do tempo reúne alguns amigos para lhes apresentar um protótipo de uma máquina que é capaz de viajar pelo tempo e, ao resolver ser o cobaia desse experimento, ele viaja para o ano de 801702. Onde o mundo já deixou de ser o mesmo faz muito tempo.

Durante o jantar, ele conta para os seus companheiros como foi vivenciar a evolução do ser humano em duas raças: os Elói, criaturas infantis e que vivem numa Era de Ouro, desfrutando da felicidade e do companheirismo, e os Morlocks, os residentes da noite e do subterrâneo que, diferente dos Elói, são bizarros e canibais.

Durante sua estadia no futuro, ele vai percebendo como a civilização chegou àquele ponto, e como a evolução do ser humano foi tão distinta que resultou em duas espécies diferentes.

Embora seja uma das primeiras (se não a primeira) histórias sobre viagens no tempo, a escrita de Wells é totalmente completa. Bastante envolvente, direta e rica em detalhes, Wells constrói uma experiência absurda que, para os presentes, era pura loucura.

Embora a história tenha fincado seus pés no século XIX, ainda vemos muito dos personagens da história nas pessoas do nosso século. O questionamento sobre o comportamento dos Elói e dos Morlocks impactou na mente do Viajante do tempo da mesma forma que possivelmente impactaria em qualquer um do nosso século. Afinal, o novo é sempre uma surpresa.

Uma leitura curta, mas que me proporcionou uma experiência incrível! E como eu adoro histórias sobre viagens no tempo, não poderia deixar de ler uma das principais, e só agora consigo entender o quão importante essa distopia foi para as teorias incríveis sobre as viagens no tempo.

Outra coisa que merece destaque é essa edição maravilhosa da Editora Zahar! Uma obra em capa dura, com comentários sobre algumas passagens do livro (algumas bastante interessantes e que nos tiram dúvidas que surgem durante a leitura), além do conto que originou o livro, chamado “Os Argonautas Crônicos”, e muito mais!

E para quem já leu, fica o questionamento: se você fosse o Viajante do tempo, você faria o mesmo que ele no final da história?


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