A clássica história de um triângulo amoroso que deu origem ao musical de maior sucesso da Broadway.
Pela Ópera de Paris circulam bailarinas, cantores, funcionários... e rumores. Após uma sequência de acontecimentos estranhos e funestos, a nova direção da casa passa a levar a sério o que até ali julgara impossível: um fantasma assombra o teatro.
Criatura mutilada e de passado enigmático, arquiteto de trotes e tragédias, o Fantasma da Ópera habita os labirínticos porões da construção e usa sua voz, suas lições e seu poder para seduzir a cantora Christine Daaé. Mas, quando ela rompe o pacto implícito entre eles, é arrastada para o subterrâneo – numa espiral de mistério, horror e música.
Romance francês de ficção gótica, parcialmente inspirado em fatos históricos ligados à Ópera de Paris no século XIX, O Fantasma da Ópera mescla um triângulo amoroso com um thriller repleto de intrigas e inspirações diabólicas. Ingredientes que, quase duzentos anos após a publicação do livro, seriam recombinados no musical de maior sucesso da Broadway, em cartaz desde 1986.
Essa edição comentada traz cerca de 170 notas e tradução de André Telles e apresentação do jornalista Rodrigo Casarin. A versão impressa apresenta ainda capa dura e acabamento de luxo.
O Fantasma da Ópera
Edição comentada
Clássicos Zahar
Ano: 2019
Páginas: 320
Idioma: português
Editora: Zahar
“ Não! Não! O Fantasma não era um mito!”
Depois de ter o coração
dilacerado pelo Corcunda e por Esmeralda, chegou a vez do trio Raoul, Christine
e Fantasma terminarem de completar o serviço e destroçarem de vez meu pobre
coraçãozinho já sofrido. Sou apaixonada pelas músicas da ópera apesar de só
tê-la visto na TV e amo demais o filme inspirado nesta tragédia romântica. Não vou me ater à história pois a sinopse já
traz os elementos essenciais da trama, vou focar mais na minha experiência de
leitura.
Primeiro falar que jamais
imaginei ser um romance histórico, já conhecia a inspiração que vem da Ópera de
Paris mas nunca imaginei a riqueza de detalhes culturais, sociais e históricos
usados de forma clara e bem descrita pelo autor. Gaston Leroux apresenta nomes
de artistas e momentos reais de tal forma que você acredita que todo o
relato é real também. Ele consegue transportar o leitor para aquele universo em
meado do século XIX e faz sentir na pele todas as questões relacionadas ao
fantasma e seu mito.
Segundo, também não imaginei ser, de certa forma, um romance policial que o escritor foi influenciado por, nada
mais nada menos que, Arthur Conan Doyle e é narrado exatamente por um investigador
que desarquiva um processo relacionado a todos os acontecimentos misteriosos que
afligiram a Ópera e geraram a lenda do Fantasma. Cada elemento é apresentado na hora certa
para causar certa tensão e suspense e impactar a mente do leitor.
Terceiro que eu sempre fui fã
incondicional do Fantasma e nunca tive
grandes empatias pelo casal principal mas, durante a leitura, pude perceber de forma mais forte todas consequências dos
atos do vilão, entender toda a pureza e
razão de ser do amor dos três
personagens, e chegar à conclusão de que, como diria padre Joãozinho, não importa tanto
como você pensa sobre uma questão e sim o que você faz concretamente com o que
você pensa. O Fantasma realmente aprontou muito e, mesmo tendo se redimido e o investigador ter ido a fundo para
explicar o comportamento dele, minha empatia diminuiu consideravelmente (uma
pena), mas meu amor pela história aumentou exponencialmente.
Quarto e não menos importante, falar
sobre essa edição belíssima: de todas as capas que já vi essa é, para mim, a mais
perfeita para o livro e adoro as edições comentadas da Zahar justamente por
poder entender o pretexto e o contexto da obra e poder experimentar com mais
profundidade e clareza toda a situação.
“ Nunca será parisiense aquele que não aprender a pespegar uma máscara de alegria sobre seus desgostos e o véu da tristeza, do tédio ou da indiferença sobre sua alegria íntima.”
Esta edição conta com sumário, apresentação feita por Rodrigo Casarin, prólogo, epílogo e cronologia da vida e obra de Gaston Leroux.
5/5 estrelinhas sonhadoras, chorosas e suspirantes para
este livro.
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