Carinhosamente apelidado de Harry Potter nigeriano, Bruxa Akata tece uma trama de magia e mistério, repleta de mitologia africana. Uma história de amizade, superação e sobre como achar seu lugar no mundo.
Sunny tem 12 anos e sempre viveu na fronteira entre dois mundos. Filha de nigerianos, nasceu nos Estados Unidos e é albina. Uma pária, incapaz de passar despercebida. O sol é seu inimigo. Castiga a pele e a expõe aos olhares curiosos. Parece não haver lugar onde ela se encaixe. É sob a lua que a menina se solta, jogando futebol com os irmãos. E então ela descobre algo incrível – na realidade, ela é uma pessoa-leopardo em um mundo de ovelhas. Sunny é alguém com um talento mágico latente, é uma agente livre. Uma pessoa com poderes que nasceu de pais comuns.
Logo ela se torna parte de um quarteto de estudantes mágicos, pesquisando o visível e o invisível, aprendendo a alterar a realidade, sendo escolhida por um mentor e conseguindo, enfim, sua faca juju — com a qual é capaz de fazer seus feitiços. Mas isso será suficiente para que encontrem e impeçam um assassino em série que está matando crianças? Um homem perigoso com planos de abrir um portal e invocar o fim do mundo?
Bruxa Akata
Akata Witch #1
Ano: 2018
Páginas: 322
Idioma: português
Editora: Galera Record
" ... Aprendam a aprender. Leiam as entrelinhas. Saibam o que reter e o que descartar. (...) Livros fazem parte do aprendizado, mas a experiência é importante também. "
Quis ler esse livro
por falar de bruxas, obvio! Mas, principalmente, por ser ambientado na Nigéria
e trazer um pouco da fantástica mitologia africana que tanto é alvo de
preconceito entre o nosso povo.
Nossa personagem principal
é Sunny, uma adolescente albina que nasceu na Nigéria, morou nos EUA e agora
retorna à Nigéria. Uma garota nigeriana albina com sotaque americano que não
conhece quase nada da sua cultura, quer mais motivos para ser alvo de
bullying???
Mas Sunny fará bons
amigos e serão eles que a ajudarão a entender esse seu novo mundo.
Segundo a mitologia
africana usada no livro, as pessoas estão divididas entre leopardos, pessoas
capazes de fazer jujus (magias) e ovelhas, nós, pobres mortais. As pessoas
leopardos não estão apenas na África, eles podem estar em qualquer lugar do
mundo e cada uma tem habilidades específicas, que podem ser de cura, de se
transformar em algum animal ou até de ficar invisível. Podem descender de uma
linhagem pura de pessoas leopardos ou podem ser agentes livres, como é o caso
de Sunny.
Seus pais são católicos
e não acreditam nesse mundo de magia, mas Sunny descobrirá algumas raízes bem
fortes entre os seus ancestrais.
Com a ajuda de Orlu,
seu colega de escola, ChiChi, uma garota muuuuito girl power, e Sasha, ela vai
conhecer os seus poderes e, todos juntos, foram um clã Oha, que carrega a responsabilidade do mundo sobre os ombros em um determinado ponto no tempo, serão responsáveis por salvar o mundo
de uma grande ameaça espiritual. Para isso eles terão Anatov, uma espécie de
professor conselheiro, e outros tutores para os ajudar e ensinar cada vez mais
sobre as suas habilidades até que sejam capazes de mudar de nível e adquirir
mais poder.
" ... Medo? Se acostumem com ele. Haverá perigo, alguns de vocês talvez não vivam para completar as lições. É um risco que irão correr. Este mundo é maior que vocês, e ele vai continuar girando, não importa o que acontecer."
A história nos
apresenta de forma magnífica e baseada em fatos reais a esse universo que é a
cultura africana, falando de juju, rituais, religião e comidas. Mas, além disso
tudo, a autora ainda nos faz refletir sobre o poder devastador do bullying, o
poder transformador da amizade e o poder curativo do amor da família. Sem falar
da ode que faz ao futebol, é claro, e do empoderamento feminino através das
poderosas Sunny e Chichi e da história das sacerdotisas Nimm.
"Quando as coisas vão mal, elas não cessam até que você dê cabo da maldade... ou morra."
Uma história que te
envolve desde o começo, com uma escrita fluida e natural, apresentando
novidades e te lembrando de coisas que você já viu como se fosse um bate-papo.
E se Neil Gaiman e
Rick Riordan gostaram, acho que merece um voto de confiança, não é mesmo????
Esse livro não me chamou atenção por conta do título, não sou muito fã de bruxas. Mas quando vi que se tratava sobre uma outra cultura, fiquei interessada.
ResponderExcluirGostei da resenha, aumentou meu interesse.
Beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
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