Minha filha mais velha é leitora voraz há dez anos e já naquela época
eu organizava, numa das praças do meu bairro, um troca-troca divertido entre as
crianças que era um sucesso. Elas ficavam fascinadas em poder barganhar nas
trocas e ter novos títulos a mão.
Desde que virei leitora voraz e comecei a participar de grupos
relacionados no Facebook, que paquerava as fotos que as pessoas postavam da
Casinha de Livros, uma espécie de biblioteca pública livre onde as pessoas
deixavam seus livros e outras pegavam formando um ciclo de troca anônima.
Como nós, brasileiros, temos o estigma de que não lemos muito,
eu via este projeto como algo bem bem distante, presente apenas em países de
primeiro mundo.
Qual não foi minha surpresa ao encontrar uma dessas casinhas
naquela mesma praça das trocas do passado e onde faço caminhadas cheia de balões para comemorar o dia dos
namorados, em 2015. Fiquei feliz da vida e obviamente peguei meu primeiro livro
de lá: Dorothy on the rocks, chicklit interessante que tanto eu como a filha
gostamos muito.
Desde então, tanto deixo livros como pegos outros e os que
pego são gratas surpresas, pois são de escritoras que nunca tinha ouvido falar e
são bem legais. Minha última aquisição, entretanto, foi um livro que marcou
minha adolescência e me fez relembrar de vários momentos saudosos desta época.
Hoje as casinhas estão espalhadas por toda a cidade e novos
projetos de bibliotecas livres tomam conta de empresas e escolas, o que
demonstra que não somos um país de iletrados. Somos um país de devoradores de
livros cada vez mais ávidos por conhecer autores clássicos e novas histórias .
Também comecei este projeto no serviço médico onde trabalho
e espero em breve ver a estante cheia de obras–primas da literatura.
Tão bom quando a gente lê sobre projetos assim e triste ao mesmo tempo, ao mesmo tempo, para mim.
ResponderExcluirNa minha cidade tentaram fazer isso, arrumaram um velho container, o enfeitaram, arrumaram direitinho e colocaram uma biblioteca. Você deixava seus livros e pegava outros que estavam ali. Na primeira tentativa, colocaram fogo nos livros :/ e na segunda, rasgaram muitos títulos.
Eu mesma doei muitos livros e peguei outros tantos..hoje isso não é mais possível graças a um povo que não valoriza cultura!
Mas...há sempre esperança quando a gente vê que é muito possível!
Beijo
My!
ResponderExcluirAdmiro demais esse trabalho que incentiva a leitura, principalmente de forma gratuita, porque acredito que a maior desculpa para quem não lê, é o preço dos livros...
Queria que tivesse na minha cidade, iria fazer a festa.
Vi um que o cidadão leva os livros nos bairros em uma bicicleta, achei fenomenal.
Desejo uma semana carregadinho de luz e paz!
“ Inteligência não é não cometer erros, mas saber resolvê-los rapidamente.” (Bertolt Brecht)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA novembro 3 livros, 3 ganhadores, participem!