Os tolos alardeiam o que vĂ£o fazer. Os herĂ³is fazem.
Thorn Bathu nĂ£o Ă© uma garota comum. Mesmo tendo sido criada numa sociedade machista, ela vive para lutar e treina arduamente hĂ¡ anos. PorĂ©m, apĂ³s uma fatalidade, ela Ă© declarada assassina pelo mesmo mestre de armas que deveria preparĂ¡-la para as batalhas.
Para fugir Ă sentença de morte, Thorn se vĂª obrigada a participar de um esquema do ardiloso pai Yarvi, ministro de Gettland. Ao lado dela se encontra Brand, um guerreiro que odeia matar, mas encara a jornada como uma chance de sustentar a irmĂ£ e conquistar o respeito de seu povo.
A missĂ£o dos dois Ă© cruzar meio mundo a bordo de um navio e buscar aliados contra o Rei Supremo, que pretende subjugar todo o Mar Despedaçado. É uma viagem desafiadora, em que Brand precisa provar seu valor e Thorn farĂ¡ o necessĂ¡rio para honrar a memĂ³ria do pai e se tornar uma verdadeira guerreira.
Guiando os personagens por caminhos tortuosos em busca de amadurecimento e redenĂ§Ă£o, Joe Abercrombie mais uma vez nos maravilha com uma histĂ³ria grandiosa, que se sustenta sozinha por seu vigor, mas tambĂ©m dĂ¡ continuidade Ă saga de Gettland e Yarvi. Finalista do prĂªmio Locus, Meio Mundo deixarĂ¡ o leitor na expectativa do desfecho desta sĂ©rie Ă©pica.
Meio Mundo
Mar Despedaçado #2
Ano: 2017
PĂ¡ginas: 368
Editora: Arqueiro
Eu estava supeeeer animada para ler esse
livro no momento em que li a sinopse dele e percebi que a personagem principal
ia ser uma menina guerreira badass no meio de um reino extremamente machista, onde o valor de um homem Ă© medido em suas habilidades como um guerreiro e onde
mulheres nĂ£o tem sua vez no campo de batalha.
Meio mundo Ă© o segundo livro da trilogia
Mar Despedaçado (vocĂª pode ler a resenha do primeiro livro aqui).
Enquanto que no primeiro livro
acompanhamos a saga de Yarvi, um prĂncipe que nĂ£o queria ser rei, que virou
rei, que foi traĂdo, virou escravo e, depois de muita luta, finalmente se tornou
aquilo que queria ser (mais reviravolta que novela mexicana).
No começo do segundo livro, percebemos que
alguns anos se passaram e a presença de Yarvi, ainda que notĂ¡vel, nĂ£o se
configura mais como o centro da histĂ³ria e sim como um personagem que auxilia a
nova protagonista.
Thorn sempre sonhou em se tornar uma
grande guerreira como seu pai foi um dia mas, por causa do preconceito e do
machismo, teve que passar a vida inteira tentando provar o seu valor e lidando com o desprezo dirigido a ela apenas por ser uma mulher.
Ela Ă© uma guerreira incrĂvel, que chuta a
bunda de todos os marmanjos de mente pequena daquele reino e esses, por nĂ£o conseguirem
aceitar a derrota para uma mulher ou aceitar que uma mulher pode sim ser badass
se ela quiser, traem ela e fazem com que ela receba uma sentença de morte. E
ai, para se salvar, Thorn aceita a proposta de Yarvi e se une a ele e a Brand,
um assassino que nĂ£o gosta de matar (eu adorei a concepĂ§Ă£o desse personagem).
Eu tinha reclamado na minha resenha do
primeiro livro que o autor falhou muito em apresentar o mundo em que se passa a
histĂ³ria e eu acho que atĂ© ele percebeu isso, porque nesse livro o mundo Ă© bem
melhor construĂdo e aprofundado.
Enquanto Thorn viaja, vamos descobrindo
melhor aquele mundo com ela, conhecemos melhor sobre a histĂ³ria e as tradições daquele
lugar.
VĂ¡rios personagens do primeiro livro reaparecem
nesse segundo e foi muito interessante ver o desenvolvimento deles depois de
alguns anos, principalmente certos inimigos que Yarvi havia conquistado durante
o primeiro livro.
Mas nenhum personagem me ganhou como o
guerreiro Brand e seu coraĂ§Ă£o bom, com o amor e o cuidado que ele tem por sua irmĂ£
e os dilemas que ele passa como guerreiro e assassino. Eu nĂ£o vou mentir, o
romance apresentado nĂ£o fui nenhuma surpresa mas eu amei a forma lenta com a
qual ele foi desenvolvido e eu me vi torcendo muito por ele.
Eu gostei bastante do tom mais polĂtico
desse livro. Eu gosto de livros de fantasia com planos e conversas inteligentes
e personagens que sabem o que querem e o que estĂ£o fazendo da vida. Esse negĂ³cio
de perambular por aĂ, sem destino, para ''se encontrar'' me irrita.
Mas, acima de tudo, assim como no primeiro
livro, Meio Mundo Ă©, no fundo, um livro sobre superar adversidades, preconceito e
machismo e faz isso usando de personagens que uma vez foram considerados, pelos
outros e até por si mesmos, fracos mas que agora, depois de muita luta,
demonstram sua verdadeira força.
Meio Rei e Meio Mundo sĂ£o livros sobre um
deficiente fĂsico que usa a sua inteligĂªncia como arma e uma mulher que nĂ£o tem
medo de seguir os seus sonhos em um mundo de guerreiros machistas e por causa
disso vale SIM a leitura.
Tata!
ResponderExcluirFico feliz em ver que o autor melhorou todo cenĂ¡rio onde se passa o livro e nos traz uma fantasia com problemas corriqueiros e verĂdico como o machismo e a superaĂ§Ă£o. Deve ser um livro muito bom de fazer a leitura.
“NinguĂ©m nasce mulher: torna-se mulher.” (Simone de Beauvoir)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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