Elsie Bovary é uma vaca muito feliz em sua bovinidade. Até o dia que resolve sair sorrateiramente do pasto e se vê atraída pela casa da fazenda. Através da janela, observa a família do fazendeiro reunida em volta de um Deus Caixa luminoso – e o que o Deus Caixa revela sobre algo chamado “fazenda industrial” deixa Elsie e tudo o que ela sabia sobre seu mundo de pernas para o ar. A única saída? Fugir para um mundo melhor e mais seguro. Assim, um grupo para lá de heterogêneo é formado: Elsie; Shalom, um porco rabugento que acaba de se converter ao judaísmo; e Tom, um peru tranquilão que não sabe voar, mas que com o bico consegue usar um iPhone como ninguém. Munidos de passaportes falsos e disfarçados de seres humanos, eles fogem da fazenda e é aí que a aventura deles alça voo – literalmente.
David Duchovny
Editora: Record
Páginas: 208
Adoro animais, mas
meu contato com vacas é nulo, apesar de achar que elas são umas fofas! Adoro a
tranquilidade delas e a paz que a sua bovinidade nos transmite.
Nossa protagonista é
Elsie, uma vaca que leva uma vida tranquila e confortável em uma fazenda comum.
Tinha uma rotina diária que incluía ordenha pela manhã, que ela preferia que
fosse feita pelo filho mais velho e mais carinhoso; depois ia pastar – melhor hora
do dia quando via o tempo passar ao lado de sua melhor amiga Malorey; e depois
uma nova ordenha.
Tudo ia muito bem
até que ela e Malorey resolveram explorar a fazenda além do curral, depois de
um ‘descuido’ do filho do fazendeiro.
A ignorância é uma benção, mas o mundo tem mais a oferecer que isso, e é errado não aproveitar o que ele oferece. Não se pode ser bezerra para sempre.
Elsie
foi atraída até a sala da casa da fazenda onde encontrou a família ao redor do
Deus Caixa. E é quando ela descobre a realidade dos abatedouros para porcos,
galinhas e vacas...
Vocês, humanos, bebem o nosso leito e comem os ovos das galinhas e das patas. Isso já não é suficiente? Tudo que vocês humanos fazem é pegar, pegar, pegar da Terra e de suas criaturas magníficas e o que dão em troca? Nada.
Elsie fica arrasada
e se isola dos amigos da fazenda, passando a refletir sobre o seu passado e,
principalmente, sobre o destino que sua mãe teve. Mas Malorey aproveitou a
noite de liberdade, se apaixonou por um touro e engravidou, se tornando uma
vaca ainda mais feliz. Até que um dia, novamente observando o Deus Caixa, Elsie
descobre que existe um lugar chamado Índia onde as vacas são sagradas e não,
comidas!
É por isso que eles chama o celular de "I phone"? Porque é tudo eu eu eu. Igual a falar para ouvir a própria voz. Porque eles não se comunicam ao vivo e em cores como animais normais? Tem tanto coisa nos seres humanos que eu não entendo...
Então os planos de
fuga começam com um mapa roubado e a ajuda de Shalom, um porco judeu e Tom, o
peru anoréxico que sabe usar o celular. Com uma finalidade em comum, a aventura
desse trio inusitado se inicia.
Se você acha que
Holy Cow é apenas mais um livro divertido, está muito enganado! Ele vai muito
além da diversão ao fazer críticas ao nosso estilo carnívoro de vida americano
enquanto fala sobre países em conflito, suas religiões e diferentes sostumes e
abordar temas como a aceitação, a passividade diante de uma dura realidade, o
desejo de mudança, egoísmo e o inconformismo.
Sei que muitos humanos consideram um insulto grave ser chamados de animais. Bem, eu nunca daria a um humano a honra de ser chamado de animal porque os animais podem até matar para viver, mas não vivem para matar. Os humanos vão precisar reconquistar o direito de ser chamados de animais.
O livro tem um
projeto gráfico incrível, os desenhos são de uma meiguice incrível, até parecem
terem sido desenhados por uma criança, tamanha a delicadeza. Todo narrado por
Elsie, o livro é quase um monólogo, pois você tem a sensação de que Elsie conversa
com você o tempo todo. Com capítulos curtos e letras maiores do que as comuns
em livros, Holy Cow é uma leitura rápida e leve.
Mas não se engane,
as reflexões de Elsie te seguirão por algum tempo...
a resenha esta ótima, mas o livro não me agradou por ter muitos desenhos. Sou daquelas pessoas que se distraem vendo as fotos e esquece a história
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirEsse livro é muito fofo mesmo, as ilustrações estão muito bonitas. E além de divertido, é bem reflexivo e conscientizador. Talvez venha a ler, se tiver oportunidade. Ótima resenha, obrigada por compartilhar essa dica. Beijos.
Já me apaixonei pelo livro só de ler a sinopse. Gostei muito da resenha e vou procurar o livro para ler. Parece ser muito divertido.
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