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Sem saída, Cara Hunter



Em meio às comemorações natalinas na cidade de Oxford, duas crianças acabam de ser retiradas dos escombros de uma casa em chamas. O mais novo, de apenas três anos, não resistiu ao incêndio, e seu irmão, com dez anos de idade, segue lutando pela vida no hospital para onde foi levado.
Como dois meninos tão pequenos são deixados sozinhos em casa? Onde está a mãe deles? E por que o pai não está atendendo o telefone?
Quando novas evidências são reveladas, o pior pesadelo do detetive Fawley se torna realidade. Porque esse incêndio não foi um acidente.

Foi um crime.
E o assassino ainda está por aí..


Sem saída
Um caso do detetive Adam Fawley #3
Ano: 2023 
Páginas: 344
Idioma: português
Editora: Trama


Um incêndio tomou conta de uma casa de família e a princípio as únicas vítimas são duas crianças, uma delas de três anos e a outra com apenas 10, a pergunta inicial é: onde estão os pais? O que aconteceu?


O detetive Fawley precisa descobrir as nuances por trás dessa história, mas cada vez que cava, algo novo surge e as incertezas do caso misturadas às incertezas da sua própria vida, precisam começar a entrar em foco antes que as coisas se percam de vez.


Embora seja o terceiro livro da série, não senti falta de nada nesta obra, exceto conhecer um pouco mais do detetive Fawley e sua história raiz, porém para a investigação e o suspense, a autora entrega muito e conseguiu me prender ao ponto de quê, as histórias paralelas, se tornaram um borrão.


Como mãe de uma criança, não foi fácil ler esse caso e principalmente, por muitas vezes me vi na situação em desespero, o que corrobora para o fato de que a autora consegue mesmo nos fazer sentir dentro da história.


Com passado e presente se entrelaçando, a história vai sendo contada de modo onde todos são suspeitos e inocentes até que se prove o contrário e aqui ela conseguiu me fazer suspeitar de tudo, dando um nó na minha mente, mesmo quando as coisas se tornaram um pouco previsíveis.


Eu amei esse livro e o li na maratona de Halloween do Skoob e Skeelo, mas depois disso quero ler tudo da Cara Hunter e principalmente os livros anteriores desta mesma saga.


Nem preciso dizer que tem uma nova autora de suspense favorita para essa senhora aqui, né? Pois bem, tu já conhece? Me conta, vamos papear.

Garotas não jogam, Christen Randal




RPG e board games? Amizades verdadeiras? Autoconhecimento?
Um novo primeiro amor? Uma grande aventura? Sim, temos tudo isso quando um grupo de meninas se junta para viver o melhor jogo de sua vida.

Hollis Beckwith está apenas tentando sobreviver. Para uma garota gorda, sem grana e ansiosa, o último ano no ensino médio traz muitas preocupações. Além disso, ela namora Chris, um ávido jogador de RPG, e não quer perdê-lo. Para provar que é uma namorada que vale a pena, Hollis decide jogar o RPG favorito de Chris, Mistérios & Magias ― mas a regra da mesa é clara: “Garotas não jogam.” Então ela precisa encontrar o próprio grupo se quiser jogar.

Mas o que Hollis encontra é muito mais do que apenas um novo grupo de RPG: ela dá de cara com as garotas de M&M! Lideradas pela Guardiã do Mistério, Gloria Castañeda, ela, Iffy, Maggie, Aini e Fran lutam contra um inimigo em comum no jogo e rapidamente se tornam amigas fora dele. Por meio de sua personagem, a paladina Honoria Steadmore, Hollis descobre que ela mesma é bem mais do que uma garota gorda, ansiosa e meio perdida. E como se não fosse novidade o suficiente, nesta jornada divertida e cheia de aventuras, uma nova paixão pegará a jovem de surpresa…

Garotas não jogam
Ano: 2024 
Páginas: 304
Idioma: português
Editora: Livros da Alice


Hollis queria jogar RPG para se enquadrar entre aqueles que considerava seus amigos e principalmente para provar ao namorado que ela podia sim fazer parte do jogo deles, mesmo com a regra absurda de que garotas não jogavam, porém em meio a busca por uma boa mesa onde jogar, ela se depara com um grupo de garotas totalmente diferentes entre si, mas que se completam de uma forma única e ali ela vai começar a entender que talvez RPG não seja só um jogo e que as regras vão muito além do que tentaram lhe fazer acreditar dentro e fora da batalha.


Ok, talvez tenhamos uma fã irreparável e surtada aqui, sinto muito se vocês estavam esperando uma resenha calma, mas para essa leitora aqui, que encontrou na Hollis adolescente a própria persona na fase adolescente, esse livro vai muito além de apenas uma história de romance queer.


Christen Randall não traz apenas a história de uma garota fora dos padrões, ela traz todos os medos, os traumas, a falta de percepção de uma menina que acredita fielmente precisar se enquadrar em um meio, quando na verdade ela é muito mais do que apenas alguém que precisa se enquadrar.


Hollis Beckwith representa muitas garotas gordas por aí, que buscaram se colocar em um lugar onde não lhe cabia, visando apenas agradar aos outros e se provar para algo ou alguém, sendo que não precisa se provar e eu fui como Hollis um dia, então senti cada coisinha que ela sentiu e a liberdade meus amigos, a liberdade é avassaladora.


Além de todo esse contexto, também temos um desabrochar de um amor fofo e tranquilo, além da formação de uma amizade incrível entre essas garotas, onde embora suas diferenças, se apoiar é tudo que elas sabem fazer de melhor.


Depois de tudo isso, preciso mesmo dizer que amei? Não ficou claro? Pois bem, EU AMEI ESSE LIVRO e CHRISTEN RANDALL VOCÊ TEM MEU CORAÇÃO. É isso, se tu ainda não leu, bora ler e voltar aqui para me contar o que achou, estou esperando

Heloíse Não Pode Sair: e Se Uma Parte Sua Desaparecesse?, Cínthia Zagatto


Pequena, tímida, escondida atrás da boina xadrez, Heloíse parece ser mais uma adolescente no Ensino Médio. Mas, dentro de Heloíse, existem outras oito identidades — Neno, Capitã, Nico, Prila, Sombra, Cookie, Ester e Hélio — transformando a mente deles em um sistema. Convivendo com o Transtorno Dissociativo de Identidade, cada um tem suas tarefas e obrigações. Heloíse é a responsável por manter os relacionamentos, cuidar da rotina e dos estudos. Até o dia em que os outros percebem que ela desapareceu. Agora as demais identidades precisam sobreviver à nova escola, a um novo amor e, principalmente, ao acerto de contas com o passado. Mas onde está Heloíse? Emocionante e delicado, Heloíse não pode sair é uma história cheia de esperança, sobre o poder que cada um de nós tem e sobre as diferenças que nos tornam tão incríveis.

Heloíse Não Pode Sair: e Se Uma Parte Sua Desaparecesse?
Ano: 2023
Páginas: 288
Idioma: português
Editora: Livros da Alice


 Heloise está de volta ao Brasil depois de passar dois anos em Londres aprendendo a conviver com o TDI (Transtorno Dissociativo de Identidade) acompanhada por seu padrinho/padrasto. No auge da adolescência e com oito identidades ou alter-egos diferentes (em gênero, idade, gostos, personalidade e criados a partir de um trauma específico), Heloise ainda vai ter que encarar o ensino médio e as experiências mais constrangedoras desse período.


A confusão começa quando Heloise não aparece para liderar o sistema. Neno, seu alter mais centrado e responsável, é quem assume e se faz passar por Heloise pra tentar manter uma aparente normalidade. 


Com o passar dos dias, os outros alters se revezam na hora de assumir o fronte, causando algumas pequenas confusões e despertando até um romance, no mínimo, desafiador. Afinal, com quem eu estaria me relacionando se namorasse com Heloise?


Apesar de cada capítulo começar com o nome do alter que está no comando, depois de algumas páginas fica fácil identificar quem é quem. A escrita da Cinthia Zagatto é maravilhosa!!! Ela consegue abordar com leveza o TDI sem criar estereótipos, enquanto aproveita para falar sobre amor, homossexualidade, gênero, relações familiares conflituosas, amizade, abusos e perdão. Tudo isso com muita sensibilidade, mas sem romantizar ou minimizar a importância de tratar o TDI.


Heloise não pode sair é, até agora, o livro que mais me tocou, me fez chorar e me ensinou em 2024. Se você gostou de Divertidamente ou Fragmentado, essa é a oportunidade de saber mais sobre o TDI sem precisar chegar a nenhum dos extremos.


" Eu posso garantir que estar consciente em um espaço vazio pela maior parte da vida não é uma experiência agradável. Mas, se algum dia decidissemos voltar à escuridão de antes ou tivéssemos a opção de transformar a nave em outro ambiente, tudo desapareceria. Menos nós. Nós ficaríamos, todos os nove. E isso significa que Heloise precisa estar em algum lugar. Alters não somem assim. Eles se integram, da maneira que eu fiz, e às vezes adormecem se não conseguirem mais suportar o dia a dia; cada um de nós carrega conhecimentos e vivências que um cérebro não pode apagar com um estalar de dedos. "

" ... porque saber de tudo bem sempre é seguro. "

" Capitã e Nico estão na ponte de comando, o que me passa mais segurança. Sei que, se qualquer coisa acontecer, Capitã vai nos fazer virar a mãe da turma. Já Nico, eu espero que não dê em cima de ninguém; é nossa parte sexual, e os hormônios da adolescência têm sido brutais para ele. Quem me preocupa mesmo é Cookie. Podemos até parecer uma alma velha ou a nova aluna saidinha, mas jamais uma pirralha eufórica - acabaria com a nossa vida escolar na primeira semana.
Por isso, ela está ocupada na sala de convivência, desenhando com Prila, nossa cuidadora. "



Viagem ao mundo das formas, Alberto Cornavaca e Andréa Dellamagna



Viagem ao mundo das formas
Autores: Alberto Cornavaca e Andréa Dellamagna
Editora: Gaudí
40 páginas 


Pedro e Sofia são crianças criativas que através dos seus desenhos ensinam a outras crianças a diversão das formas e fazem um convite ao aprendizado tranquilo através de uma história divertida para todos.


Ainda não é uma história para Luna entender, porém como ela já começou a apontar e reconhecer o nome das coisas, foi muito divertido apresentar as formas e vê-la se divertindo durante cada página com o que as imagens formavam.


Não preciso dizer o quanto foi divertido ler com ela, né? Acho que ficou claro e já aproveitamos para deixar esse convite aos papais, professores e jovens leitores, que podem ensinar brincando e aprender se divertindo com mais essa obra brilhante do Alberto Cornavaca.

E aí, curtiu conhecer? Então conta pra gente e vamos papear.



Só sei que nasci, Ignácio de Loyola Brandão

 


Só sei que nasci

Autor: ignácio de Loyola Brandão 

Editora: Global

32 páginas


Antonia tem apenas 2 dias de vida e um mundo de coisas a sua frente para entender, o que de fato é entender? E o que é viver? Tantos questionamentos em uma cabecinha que acabou de nascer.


A obra de Ignácio é um convite ao novo, uma apresentação da vida de forma leve, bonita, uma homenagem às crianças de sua vida, mas também a todas as outras crianças.


Ler esse livro com Luna me relembrou seus primeiros dias, quando ainda no hospital nos olhamos e nos conhecíamos diante do novo, me fez pensar em como o mundo pode ser confuso para um serzinho que acabou de chegar.


Essa é sem sombra de dúvidas uma obra cheia de frescor, mas também tão rica em ensinamentos que é impossível não se emocionar lendo.


Convido todas as mamães e também os papais a fazer essa leitura e retomar o tempo em que nossos pequenos ainda não entendiam, cabendo a nós levarmos os ensinamentos a eles da melhor maneira possível.


Se você já conhece, conta aqui o que achou da leitura ou se também quer conhecer, vamos papear.