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O gato que amava livros, Sosuke Natsukawa e Natsume Soseki



Uma história sobre encontrar a própria coragem, sobre cuidar de si e dos outros – e sobre o imenso poder da literatura.
A livraria Natsuke era uma loja de livros usados quase fora da cidade. Quem passava por lá via estantes que iam do chão até o teto, abarrotadas das mais maravilhosas obras literárias. Rintaro Natsuki amava aquele lugar, erguido pelo trabalho do avô que o criou, com todo o seu coração – passou muitas horas felizes lendo o que desejava por aqueles corredores. A livraria era o refúgio perfeito para o garoto doce, porém recluso.

Depois que o avô morre, Rintaro percebe-se só e arrasado: tudo indica que ele precisará fechar a livraria. É quando surge um misterioso gato malhado, de nome Tigre, que pede a ajuda do garoto. O gato deve encontrar um verdadeiro amante dos livros para acompanhá-lo em uma missão. A improvável dupla, então, enfrentará três aventuras mágicas para resgatar livros aprisionados, maltratados e abandonados.

Fenômeno editorial no Japão, O gato que amava livros é uma história reconfortante sobre encontrar a própria coragem, sobre cuidar de si e dos outros – e sobre o imensurável poder dos livros.

O gato que amava livros
Sosuke Natsukawa
Natsume Soseki
Ano: 2022 
Páginas: 240
Idioma: português
Editora: Planeta

"Os livros têm um poder extraordinário. Mas tenha cuidado. É o livro que detém o poder, não você."

Rintaro Natsuki é um garoto órfão, extremamente recluso, que vivia com o avô, dono de um sebo. Sua vida fica totalmente fora do eixo quando o avô morre e, pra não ficar sozinho, uma tia se dispõe a ajudá-lo com a venda do sebo e a levá-lo para morar com ela. Ainda sem ter certeza de que rumo quer dar à sua vida, Rintaro encontra Tigre, um gato malhado falante, amante dos livros e extremamente inteligente que vai pedir a ajuda dele para salvar livros. Existe alguém melhor para a tarefa???

 "Não é verdade que, quanto mais você lê, mais você vê o mundo. Não importa quanto conhecimento consiga empilhar na própria cabeça, a menos que pense com sua própria mente, ande com suas próprias pernas, o conhecimento que adquirir não será nada além de vazio e efêmero."

Rintaro vai libertar livros que são acumulados loucamente na estante de um homem que acredita que acumular leituras é sinônimo de sabedoria; vai impedir o desejo de um louco de reduzir um livro a apenas algumas frases e frear a atitude impensada de um outro que joga fora livros antigos e só publica o que possa gerar lucro. Rintaro vai fazer tudo isso enquanto lida com o hikikomori, um transtorno mental que faz com que a pessoa se isole física e socialmente, de maneira voluntaria por longos períodos de tempo, podendo chegar a meses ou anos. Rintaro não vai a escola a muito tempo, sempre criando desculpas, e nem tem vontade de abrir o sebo enquanto não viaja.

O gato que amava livros é uma leitura que te tira da zona de conforto ao mostrar alguns dos nossos hábitos de leitor compulsivo ao expor esses hábitos de maneira exagerada, fazendo com que, ao você internalizar o aprendizado de Rintaro, você se pergunte se não se encaixa na skin de algum dos personagens 'vilões'. Além disse, O gato que amava livros é realmente uma declaração de amor a esses que deixaram de ser meros objetos e se tornaram amigos queridos que nos acompnham ao longo de nossas vidas.


 "Um livro querido sempre terá uma alma. Voltará para ajudar o leitor em tempos de crise."

Flores da batalha, Sérgio Vaz



Estamos numa época de intensas mutações. Aquilo que pode parecer eterno ao nosso olhar, pode estar no mesmo lugar há um bom tempo, de repente se transforma ou simplesmente desaparece. A vida em sociedade, condição que necessariamente demanda que sejamos seres coletivos, parece, por vezes, um sonho cada vez mais distante em função da atmosfera de intolerância que nos assola, ou simplesmente em virtude da indiferença de boa parte de quem deveria, de fato, estar ao nosso lado.E o que podemos fazer para preservar tudo aquilo que, para nós, é importante? Talvez a resposta seja simples: usar a palavra. Seja a palavra dita ou escrita, é por meio dela que damos voz ao que vemos, sentimos ou vivemos. E é nessa batalha incessante e necessária para sobrevivermos ao deserto de ideias — o qual, muitas vezes, querem tornar em nosso habitat natural — que a palavra de Sérgio Vaz surge viva para reflorestar nosso pensamento de maneira transformadora.
Neste Flores da batalha, Vaz não toma como missão apontar caminhos, estabelecer fronteiras e ditar rumos. Sua estrada é outra. Bem outra, aliás. Sua trilha é a de alargar os horizontes, descolonizar a mente, abrir novos territórios para que a palavra — essa sim — conduza todos os indivíduos a buscarem, nas frestas de seu duro cotidiano, as rotas que possibilitem tornarem-se protagonistas de suas próprias histórias.
Emicida: "Lá em 1924, Mário de Andrade, outro conterrâneo nosso, disse uma das suas mais belas frases: "nós temos que dar uma alma ao Brasil e para isso todo sacrifício é grandioso, é sublime. E nos dá felicidade." Sinto que é isso que Sérgio nos devolve quando nos traz um novo punhado de flores que irão perfumar nosso cotidiano, flores plantadas pelas calçadas, pelos jardins, pelas vielas, pelos barracos, pelas pessoas e que, a cada vez que nos deparamos com elas, nos lembramos que podemos ser astronautas, cientistas, artistas, médicos etc.; no entanto, nossa primeira vocação (a que precisamos exercer melhor) é a de sermos seres humanos. Se seguirmos as flores que Sérgio Vaz nos oferece, é aonde chegaremos."

Flores da batalha
Sérgio Vaz
Ano: 2023
Páginas: 270
Idioma: português
Editora: Global



Para quem não conhece a história desta colaboradora, tudo começou a anos atrás, quando ela tinha 13 anos, sua mãe, incentivadora irreparável da literatura na vida da filha, lhe deu de presente um livrinho de bolso com Poemas e Poesias do Vinícius de Moraes, desde então, essa menina aprendeu sobre o gênero e se tornou uma mulher totalmente apaixonada por linhas que descrevem almas, logo não seria diferente a leitura de Sérgio Vaz.


Em “Flores da Batalha” o autor entrega uma coletânea de poemas onde derrama a alma e nos faz refletir sobre a vida de maneira profunda, afetando pontos importantes desde o nosso ser interno ao externo, nosso modo de pensar e agir, ele nos faz refletir sobre a vida nua e crua, porém de uma forma bonita.


É uma leitura rápida, por se tratar de textos curtos, mas uma leitura profunda, que requer atenção e cuidado conforme o passar das páginas, sinto que entrei nesta aventura totalmente dolorida e sai incrivelmente curada.


A quem gosta do gênero e a quem não gosta, faço o convite para que leia Sérgio e mude de ideia diante da inteligência sagaz deste autor cativante. E aí, te convenci? Então dá uma chance e volta aqui!







A roupa nova do rei, Ruth Rocha



A Coleção Recontos Bonitinhos ganha seu terceiro volume com o lançamento de A Roupa Nova do Rei, um encantador reconto desta clássica história na visão poética de Ruth Rocha. Conhecida por seu talento em criar histórias cativantes, a renomada autora apresenta aos leitores uma versão que explora a vaidade e a esperteza com muita criatividade.

Ruth reconta a famosa história do rei vaidoso que, vestindo uma roupa que só seria visível para os inteligentes, se vê envolvido em uma trama de engano e descobertas. A narrativa é apresentada em versos rimados e é acompanhada pelas vibrantes ilustrações de Thiago Lopes, que trazem descontração e modernidade em um estilo cartunesco muito divertido.

A Roupa Nova do Rei promete capturar a imaginação dos leitores de todas as idades, com rimas que dão nova vida ao conto de Hans Christian Andersen. Através da sua abordagem única, Ruth oferece uma nova perspectiva sobre a importância da honestidade e da inteligência.


A roupa nova do rei
Ruth Rocha
Ilustrações: Thiago Lopes
Global Editora
32 páginas



Pelo visto, o rei, que deveria cuidar do seu povo, está mais preocupado com a roupa do corpo. E, como lhe falta inteligência, acaba caindo numa grande enrascada, virando piada entre a criançada.


Essa história divertida, não só alegra, mas ensina sobre nossas responsabilidades e deveres. Neste caso em questão, um governante que deveria estar preocupado com a situação do seu povo, mas só se preocupa com roupas e jóias, esquecendo que, no fim, sempre vai ter alguém pra lhe corrigir, neste caso as crianças.



Eu ri muito lendo este clássico da literatura. Luna, embora ainda não entenda, se divertiu com as imagens coloridas, enquanto eu explicava cada uma delas.


Foi uma leitura rica e que todos os pequenos vão aproveitar de alguma forma. E aí, te convencemos a ler? Já conhece esse querido? Conta aqui e vamos conversar!

Pluft, o Fantasminha, Maria Clara Machado


Peça teatral sobre Pluft, o fantasminha que tem medo de gente.Conta a história do rapto de uma menina (Maribel) pelo malvado pirata Perna-de-Pau. Escondida no sótão de uma velha casa, ela conhece uma família de fantasmas e faz amizade com Pluft, um fantasminha que tem medo de gente.

Pluft, o Fantasminha
Ano: 2018 
Páginas: 48
Idioma: português


Meu encantamento pelos livros infantis só cresce. Dessa vez, alimentado pela leitura de Pluft, o fantasminha. Sim, fui uma criança encorajada a ser adulta e, agora que já sou adulta a muito tempo, o convívio com Luna Maria tem me encorajado a saborear coisas da infância.

Pluft é um fantasminha muito fofo que vive em uma ilha com sua mãe e um tio. Tal como os humanos têm medo de fantasmas, Pluft morre de medo de humanos, apesar de nunca ter visto um (parece familiar, né?). Mas, quando o pirata Perna de Pau chega a ilha levando com ele a menina Maribel, que foi sequestrada para ajudá-lo a encontrar um velho tesouro de pirata, ele terá que lidar com esse medo. 

Apesar de Maribel e Pluft estarem aterrorizados, eles decidem enfrentar o medo e se tornam grandes amigos e descobrem que têm muitas coisas em comum. E essa é só a primeira lição do livro, tá? A lealdade dos piratas do pai de Maribel é mais uma. Mas, a principal lição, a autora reserva para o momento em que o tesouro é descoberto, mostrando que preço e valor são coisas muito distintas.

Maria Clara Machado escreve uma história incrível, leve e divertida para crianças, mas cheia de lições que os adultos precisam relembrar ao longo da vida.

Blue Box #02, Kouji Miura



Taiki Inomata é do time de badminton do colégio. Ele está apaixonado pela jogadora de basquete Chinatsu Kano, uma garota mais velha com quem treina toda manhã na academia. Em um belo dia de primavera, a relação dos dois muda completamente e assim começa uma nova história de amor, esportes e juventude!

Blue Box #02
Kouji Miura
Ano: 2024 
Páginas: 200
Idioma: português
Editora: JBC


Atenção, essa resenha pode conter spoiler do primeiro volume.


No segundo volume da série Blue Box, vamos acompanhar Taiki nos primeiros jogos rumo às classificações para o intercolegial tão almejado por ele. Em segundo plano também vamos acompanhar seus amigos e interesse amoroso seguindo os mesmos caminhos, porém agora mais próximos.


Os sentimentos de Taiki se mostram cada vez mais fortes por Chinatsu e o fato de dividirem o mesmo teto tem causado certos momentos de constrangimento entre eles fora de casa, porém o que poderia estar morrendo devido a proximidade se mostra cada vez mais forte e começamos a ficar confusos quanto os sentimentos de Chinatsu por Taiki, será que ela também gosta dele? É uma pergunta frequente.


Os personagens secundários também começam a nos cativar e mostrar a que vieram, será que um triângulo amoroso pode surgir? Mais uma questão para o próximo volume.


Particularmente tenho me apaixonado cada vez mais por essa série, tanto na versão mangá, quanto na adaptação que está saindo pela plataforma Netflix, simplesmente perfeito em todos os sentidos. Aguardo ansiosa pelo próximo volume, que deve ser lançado no próximo ano.


E aí, bateu a curiosidade em ler e assistir também? Me conta e juntos vamos papear, até lá te aguardo para um papo!